quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Caça ao blog?

Nos EUA há um mafioso de direita que se propõe perseguir blogs, autores e até comentadores de blogs. Em Portugal houve recentemente uma condenação em tribunal porque um autarca se sentiu ofendido com conteúdos dum blog. Será o princípio duma cruzada? Ou será apenas uma coincidência?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

O Ministro Proprietário!

CIDADANIA LX

Queria saudar o vosso blog e o vosso movimento! E dar-vos os parabéns não só pela forma como lutam pela dignificação de Lisboa mas sobretudo pela forma como denunciam abusos e golpes de toda a espécie! Desta vez foi a Casa Garret e o ministro-proprietário. Mas poderia ser noutra qualquer cidade deste país ou qualquer outro ministro, deste partido ou doutro qualquer. Na realidade, a democracia participada só terá hipótese de sobreviver se os próprios cidadãos tomarem nas suas mãos a defesa de tudo o que for causa política e social. Porque se ficarmos à espera dos partidos ou dos políticos, estamos entregues aos bichos!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Serei eu?

Hoje acordei com a sensação clara de que não era eu. Tinha a certeza que não era exactamente eu. Sentia-me uma cópia muito próxima de mim mas não era eu. Não sou eu. O meu problema é saber se isto é definitivo. Vou acabar por não acreditar em mim próprio. Depois de tantos anos habituado a ser eu, acordo assim! O mais estranho é que não incomoda, não dói nem faz muita diferença. Mas é tramado! Em vez de ser eu, agora sou uma cópia muito fiel de mim mesmo! Acho que vou usar uma assinatura famosa, de um artista plástico ou web designer! Pelo menos para ver se vale a pena! E se não valer a pena, paciência! Pode ser que valha alguma coisa!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Alergias

Desconfio que a maior parte das alergias de que sofremos se devem ao facto de vivermos num mundo hostil, cheio de gases perigosos e de produtos químicos que nos atingem através da alimentação. São subprodutos do sistema capitalista, o tal que diz que são as empresas que criam riqueza. Bem, não são bem as empresas que criam riqueza, são aqueles que as empresas exploram, esses é que produzem riqueza. Mas não nos devemos espantar perante esta óbvia mentira. O sistema capitalista vive da mentira e na mentira. A mentira é o oxigénio do capitalismo. A verdade não produz riqueza. O capitalismo assenta na criação de mais-valias, isto significa na prática que aquilo que outros produzem é sempre vendido por um preço cada vez mais alto e muito superior ao que custou produzir um determinado bem. E o que é engraçado é que aqueles que efectivamente produzem bens geradores de mais valias ganham sempre mais ou menos o mesmo ao longo da sua vida e ai deles que venham dizer que o que ganham não é suficiente. Quem determina o que é suficiente são os chamados empregadores e são eles que determinam o que é suficiente e o que é verdade. Por essa razão, não venham dizer que o capitalismo gera subprodutos perigosos para a vida humana. Isso não é aceitável. Iria conduzir a uma série de alterações na produção de bens de forma a que deixassem de ser nocivos para a saúde e para que isso fosse possível teriam que ser feitos grandes investimentos pouco rentáveis ou que dificilmente gerariam mais valias. Solução? Simples! Se o que se produz é rentável, a discussão acabou! Não interessa se a longo prazo pode destruir a saúde das pessoas ou mesmo levar a uma subida do nível dos oceanos. E se dizer que tudo isto é mentira não chega, faz-se simplesmente o seguinte: mantém-se a produção de forma a que os volumes de vendas se mantenham na mesma e ignora-se alegremente o que venha a ser denunciado.
É por esta razão que não interessa que venham dizer que o consumo de combustíveis fósseis está a contribuir há dezenas de anos para o sobreaquecimento do planeta. Enquanto houver combustíveis fósseis está fora de questão deixar de os explorar. E as energias renováveis só poderão ser um produto interessante no dia em que acabarem as reservas de petróleo e de gás natural. Suspeito que antes de isso acontecer começaremos a ver subir os níveis dos oceanos.
Desde muito novo (a minha mãe diz que foi desde os quatro meses de idade) que desenvolvi doenças respiratórias e alérgicas. Tudo isto são factos que fazem parte da minha vida. Mas começo a suspeitar que na realidade o nosso sistema imunológico se limita a fazer o seu papel: defende-nos de uma atmosfera perigosa e hostil a que somos atirados. O problema é que parece que não temos forma de lhe escapar.